Um
alicerce em nossas vidas
Os
anos passam e ainda lembro,
Com
saudades imensas,
Do teu
encanto,
Ao
brincar com as crianças,
Que
pulavam eufóricas ao teu redor,
Exaurindo-se
em brincadeiras e acalantos.
Bolinhas
de gude ou de pular cordas,
Também
de correr e apostar corridas...
Tudo
quimeras lembranças idas,
Que
hoje teimam em ficar latentes,
Em
minha alma a recordar.
E a
saudade a apertar meu peito,
Triste
deleito a sufocar.
Que
belos tempos se quedaram em prantos,
Ao
longe o canto do sabiá!
E as
frutíferas árvores enfileiradas,
Onde
podíamos o tempo passar,
Colhendo
frutos e sonhos muitos,
De
sermos grandes, um dia, e te seguir.
Ensinamentos
ficaram arfantes,
De
tuas obras a nos extasiar,
Queríamos
ser os teus seguidores,
Em
trabalho e bravura te alcançar.
Mas
hoje longe de nossa infância,
Sentimos
na alma a tua falta,
Partiste
cedo e de nós te distanciaste,
Sem
que pudéssemos te segurar.
Em tua
viagem levaste muito:
De
nossas vidas,
A tua imagem
faz-se nostálgica ao te lembrar.
Quem
dera, pai, que uma vez ainda,
Pudéssemos
vivenciar os infantis folguedos,
E
nossos medos compartilhar contigo,
Para
diluir os anseios sentidos,
E a
nossa essência aliviar.
Não há
no mundo um só carinho,
Igual o teu a
rememorar.
Existem
muitos aconchegos,
Mas,
com o mesmo dengo, não há igual.
E
assim, meu querido pai,
Aqui
deixaste lembranças lindas,
E
outras também sofridas.
Em
muitos dias cantávamos unidos,
Toda a
família a festejar,
E, os
acordes, em nossos instrumentos,
Musicais
a todos alegrar.
Se eram sinfonias ou concertos,
Não
importava, pois tínhamos orgulho de nossos sons,
Emitindo,
unidos, acordes lindos,
A
alegrar nossas emoções.
Na
dança, eras o campeão!
Tão
lindo bailavas com a mamãe...
Todos
paravam a te olhar,
Com
elegância a desfilar!
Nas cavalgadas, eras o xerife,
Que
impunha respeito ao trotear.
Esbelto
infante e chapéu de couro,
De
esporas e botas ias às trincheiras,
Impondo
respeito a quem via o teu semblante.
Com
valentia e com muito orgulho,
Eras o
tropeiro mais garboso,
Que
neste solo já foi rei.
E hoje,
ficam só as lembranças,
E a
esperança de um dia, talvez,
Encontrar-te
em outra instância,
Para
onde penso viajar também...
O poema acima foi elaborado em homenagem ao meu Papai
e com ele desejo homenagear a todos os Papais do Universo
Parabéns! Parabéns Papais!
Muita Luz e Amor em suas vidas!
Lorena Zago
12 de agosto de 2018