Estimados(as) amigos(as)
comemorando Domingo com Poesia,
compartilhamos uma poesia de nossa autoria intitulada
Em
Busca de Paz...
Sentada
à sombra do Ipê,
Ornamentado
de amarelo e esplendor,
Observo
extasiada, por longas horas,
A
integração harmoniosa,
Da
natureza e dos seres que a compõem.
A
brisa calma envolve-me serenamente,
Sábia
e lúcida,compreende
A
dor que corrói a minha alma
Que,
injustamente julgada, quedou-se
Numa
languidez a prantear.
Permito-me,
caladamente, absorver
A
sapiência que a natureza projeta,
E
mescla-se ao meu sofrer...
Reflito
vezes sem fim,
Procuro
analisar, entender, compreender...
Por
que a complexidade humana,
E
seus múltiplos olhares,
Deturpam
a paz, a transparência, a harmonia,
Promovendo a desconstrução dos entendimentos?
E
a imperiosidade se sobrepõe,
À
simplicidade das trocas dialógicas,
Que
acenam para a compreensão mútua e aprazível.
O
Sol ilumina-me...
O
vento, sentindo-me a tristeza,
Solidariza-se
ao meu Ser...
E
com a compreensão de um Mestre,
Sopra
ao longe a indignação,
Que
teima em instaurar-se em minha alma sofrida.
Reflito
...
E
no silêncio busco,
Incansavelmente,
entender
Os
humanos e suas complexidades.
Vislumbro
ao longe a amizade e a harmonia
Dos
seres da floresta;
Não
me canso de admirar-lhes a sapiência
Em
compartilhar o espaço que é de todos
E,
ao mesmo tempo, a disciplina
Que
se descortina entre os pares.
Uma
grande lição assola o meu olhar.
Tatus,
tamanduás e lebres,
Pássaros
de incontáveis espécies,
Borboletas
multicores,
Pressentindo
a carência instalada em minha alma,
Dirigem-se
em romaria ao meu Ser,
Mesclando-se
à brisa serena.
Oh,
meu Deus!
Que
perfeição ali no sertão...
Do
Ipê frondoso e florido,
A
brisa e a família sertaneja a saudar-me.
Permito-me
esvaziar minha mente
E,
no envolvente mundo, instaurar-me,
Sem
pressa de voltar...
Meu
Ser, a brisa, a fauna e a flora...
Um
paraíso a contemplar-me.
As
horas passam e nem percebo.
É
Divino o cenário que me abraça,
Sem
cobranças, sem julgamentos,
Confiante
e sereno,
Empresta-me
asas à imaginação.
Deito
meu corpo sobre a relva,
Observo
infinitamente,
O
céu que se transforma, a cada minuto,
Com
a magnitude que lhe é peculiar,
De
um ângulo, o Sol majestoso
Despede-se,
deixando-me encantada,
Observando
seus últimos lampejos no horizonte.
No
extremo oposto,
Descortina-se,
com esplendor e maestria,
A
lua, iluminando fagueira, o contexto.
Embriago-me
com tamanha arquitetura e perfeição.
Apenas
serenidade, brisa envolvente,
Abraçando
a todos os elementos, em seu habitat.
Enquanto
a noite emite
Seus
primeiros sinais,
Conclamo
com toda minha força e Fé...
Desejo
intensamente,
Compreender
os pensantes humanos,
Tocar-lhes
a alma
E,
de forma harmoniosa, estender-lhes as mãos.
E
na sintonia do universo,
Entender-lhes
as emoções,
Quais
fossem...
E
assim, no encontro das mãos, sentir-lhes também as carências.
E
num grande encontro de almas e essências,
Trocarmos
olhares que se entendem,
E
comungam o mesmo querer...
A
paz, a harmonia, a confiança,
A
alegria do conviver, do compartilhar...
O
Amor Fraternal!!!
Lorena
Zago - Presidente Getúlio - SC
Imagens do Google e do arquivo pessoal
Outubro de 2019