quarta-feira, 10 de agosto de 2016

Um Alicerce em Nossa Vida...





Um Alicerce em Nossa Vida....

                                                      (Lorena Zago)

Os anos passam e ainda lembro,
Com saudades imensas,
Do teu encanto,
Ao brincar com as crianças,
Que pulavam eufóricas ao teu redor,
Exaurindo-se em brincadeiras e acalantos.

Bolinhas de gude ou de pular cordas,
Também de correr e apostar corridas...
Tudo quimeras lembranças idas,
Que hoje teimam em ficar latentes,
Em minha alma a recordar.

E a saudade a apertar meu peito,
Triste deleito a sufocar.
Que belos tempos se quedaram em prantos,
Ao longe o canto do sabiá!
E as frutíferas árvores enfileiradas,
Onde podíamos o tempo passar,
Colhendo frutos e sonhos muitos,
De sermos grandes, um dia, e te seguir.
Ensinamentos ficaram arfantes,
De tuas obras a nos extasiar,
Queríamos ser os teus seguidores,
Em trabalho e bravura te alcançar.
Mas hoje longe de nossa infância,
Sentimos na alma a tua falta,
Partiste cedo e de nós te distanciaste,
Sem que pudéssemos te segurar.
Em tua viagem levaste muito:
De nossas vidas,
A tua imagem,
Se faz sofrível ao te lembrar.                                                                                                                                                                                                                           

Quem dera, pai, que uma vez ainda,
Pudéssemos vivenciar os infantis folguedos,
E nossos medos compartilhar contigo,
Para diluir os anseios sentidos,
E a nossa essência aliviar.
Não há no mundo um só carinho,
Igual o teu a  rememorar...
Existem muitos aconchegos,
Mas, com o mesmo dengo, não há igual.
E assim, meu querido pai,
Aqui deixaste lembranças lindas,
E outras também sofridas.
Em muitos dias cantávamos unidos,
Toda a família a festejar,
E os acordes em nossos instrumentos,
Musicais a todos alegrar.
Se eram sinfonias ou concertos,
Não importava, pois tínhamos orgulho de nossos sons,
Emitindo, unidos, acordes lindos
A alegrar nossas emoções.

Na dança, eras o campeão!
Tão lindo bailavas com a mamãe...
Todos paravam a te olhar,
Com elegância a desfilar!


Nas cavalgadas, eras o xerife,
Que impunha respeito ao trotear.
Esbelto infante e chapéu de couro,
De esporas e botas ias às trincheiras,
Impondo respeito a quem via o teu semblante.
Com valentia e com muito orgulho,
Eras o tropeiro mais garboso,
Que neste solo já foi o rei.
E hoje, ficam só as lembranças,
E a esperança, de um dia, talvez,
Encontrar-te em outra instância,
Para onde penso viajar também...

Uma Homenagem ao Dia dos Pais! Parabéns!!!



Nenhum comentário:

Postar um comentário