Queridos(as) amigos(as) compartilhamos uma crônica
baseada no diálogo com o nosso neto Benjamin!
Suas interações e compreensões
no tempo da Covid - 19
No
entendimento de Benjamin...
Dia 12 de maio, o
telefone tocou. Era meu neto Benjamin, de dois anos e onze meses, que desejava
falar. Precisava contar que havia ganho,
de sua mamãe, uma mesinha para lanchar, com a qual poderia ficar sentado na
poltrona da sala, lanchando, no período da pandemia. Ganhara também um prato
novo, com divisórias para os alimentos, acompanhado de talheres, xícara e copo.
Achou impossível não dividir a alegria com os avós. Comera toda a macarronada
que sua mamãe fizera.
Contou à vovó, que fora ao sítio com o papai,
e lá havia um cavalo de nome Virgulino, o qual gostaria muito de montar. Mas o
papai falou que este cavalo era xucro e impossível de montar neste momento. Só seria
possível, quando o cavalo estivesse domado. Mas, Benjamin disse que ficou
triste, porque gosta muito de cavalos e de bois. Contou mais: À noitinha,
desejava ver como se ordenhavam as vacas, mas as mesmas foram passear com suas
amigas vacas e voltaram muito tarde. Sim, porque as vacas e seus amigos bois,
foram tomar água no riacho e comer grama, bem longe de casa e Benjamin perdeu o
lance da ordenha. Estaria em vigília na próxima vez que fosse visitar o sítio
com o papai.
Entre fazer cabana na sala de visitas e outras
brincadeiras, lembrou de contar que a mamãe fizera um quarto só de brinquedos
para ele. Ficou muito lindo! Estava radiante de alegria. Perguntei se poderia
brincar, com ele, em seu novo quarto de brinquedos, e ele respondeu:
- Não vovó, você não pode
sair de casa! Tem o coronavírus lá fora e ele pega as pessoas. Só daqui há
muito tempo você poderá me visitar. Mamãe ainda nem sabe quando.
Ele prometeu visitar a vovó e o vovô só quando
o coronavírus for embora, para bem longe daqui. Muito, muito longe, mesmo.
Estava muito feliz com a sala de brinquedos que a mamãe organizara para ele.
Disse também, que as crianças precisam escovar
os dentes após as refeições, pois, quem estiver com as mãos e os dentes sujos,
além do coronavírus, também, poderá ser roído pelas baratas, que gostam de sujeira
e poderão passear próximo às crianças, que não têm higiene. Vovó ouviu tudo
atentamente e prometeu tomar todas as providências para não ser visitada, nem
por baratas e nem pelo coronavírus. E assim o fará! Na esperança de que tudo dê
certo!
Lorena Zago –
Presidente Getúlio – SC
Imagens do arquivo pessoal
Esta crônica encontra-se registrada no SUPLEMENTO LITERÁRIO A ILHA
Edição 153 - Junho de 2020
Comemoração de 40 Anos de Literatura!
Idealizador e coordenador, escritor Luiz Carlos Amorim
Junho de 2020
Idealizador e coordenador, escritor Luiz Carlos Amorim
Junho de 2020
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